SAÚDE
9 motivos para seu filho aprender a dançar
Quais os principais benefícios da dança para o desenvolvimento das crianças e adolescentes
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Aprender a dançar ajuda na disciplina, coordenação e bem estar da criança
O homem usa o próprio corpo de modo a ocupar o espaço e interagir com o outro desde que o mundo é mundo. No início, seguiu o instinto; aos poucos, descobriu o prazer; e há séculos aproveita técnicas e estilos especialmente desenvolvidos pela dança para explorar a riqueza de possibilidades inerente ao corpo humano. Porque dançar é muito mais do que movimentar braços e pernas sob o estímulo de um ritmo. "A dança permite conhecer o próprio corpo e, com isso, ampliar a capacidade de se expressar e de se comunicar do indivíduo, criando a autoestima que vai servir de base por toda a sua vida", realça Carmen Orofino, professora de dança no Atelier-Escola Viva, de São Paulo.
O simples ato de andar já é poderoso o suficiente para servir de alimento ao cérebro e, de tabela, contribuir para a nossa saúde. A dança? "Seus movimentos são mais refinados, o que determina a qualidade de alimentação que proporciona ao nosso corpo", garante o coreógrafo Ivaldo Bertazzo, há mais de 35 anos trabalhando com dança. A conclusão é uma só: quanto mais cedo uma criança aprende a dançar, mais possibilidades ela tem de tornar seu corpo "inteligente".
Dançar também ajuda a desenvolver emocionalmente quem tem pouca idade, combatendo inseguranças e estimulando a partilhar experiências com o grupo a que pertence. Crianças podem se exercitar em Dança desde os primeiros anos da Educação Infantil - e assim aprimorar habilidades motoras fundamentais para a evolução. Com a ajuda dos especialistas Carmen Orofino e Ivaldo Bertazzo, destacamos os principais benefícios da atividade. Conheça a seguir:
Para ler, clique nos itens abaixo:
- 1. Desenvolve habilidades típicas do ser humano
- A Dança tem a capacidade de estimular a chamada "psicomotricidade fina" - ela diz respeito às habilidades peculiares da raça humana, caso de escrever, sonorizar uma palavra, descascar e cortar legumes etc. A Dança serve de instrumento para "afinar" os mais variados movimentos que o indivíduo faz em seu dia a dia, algo de enorme valia por toda a vida - se aprender a dançar durante a infância, perfeito!
- 2. Alimenta o funcionamento da máquina cerebral
- Qualquer tipo de movimento serve para conduzir informações ao sistema nervoso central. Caminhar é uma forma de alimento para o cérebro, andar de bicicleta é outra, assim como dançar. Acontece que a Dança consegue alimentar esse sistema nervoso de um modo ainda mais refinado com a série de movimentos a ela atrelados. Assim, quanto mais cedo uma criança aprende a dançar, mais "inteligente" seu corpo se torna em razão da qualidade desse estímulo - outro tipo de riqueza que se faz notar ao longo de sua trajetória.
- 3. Ajuda a manter a saúde do corpo
- A postura é uma estrutura de base, espécie de musculatura que mantém o indivíduo em posição vertical. Ela exige atenção diária: cuidar da postura é cuidar da manutenção do corpo, ou ainda, da sua saúde. Sem postura não é possível se organizar no espaço - dançar, em suma. Assim, quem dança aprende a movimentar o corpo de acordo com técnicas que precisam ser executadas com a postura adequada - posicionamento que se torna automático, um hábito, em quem toma gosto de dançar desde pequeno
- 4. Estimula a coordenação motora e outras aptidões
- Dançar regula o tônus da força muscular por um ritmo musical, assim como desperta percepções diferentes do corpo, como a organização do olhar a cada movimento ou as diversas sensações dos pés pressionados no chão em razão deste ou daquele passo. Também estimula a coordenação motora - fundamental para a evolução da criança ao libertá-la de uma série de inseguranças físicas e emocionais. Como? Ao explorar novas maneiras de se mover e se expressar, as aulas de Dança possibilitam à criança enriquecer o repertório pessoal de movimentos, incorporando noções de ritmo, equilíbrio e fluência - aptidões que podem servir de base para a construção de movimentos mais elaborados, aprimorando o crescimento individual vida afora.
- 5. Colabora na formação do indivíduo
- Todo tipo de experiência é fonte de conhecimento para uma criança. Isso significa que tudo o que ela recebe como informação vai de algum modo influenciar o seu desenvolvimento. No caso da Dança, ela contém informações corporais, sociais e emocionais que podem contribuir para o crescimento infantil. Aspectos como a sutileza, a organização, o estímulo à atenção e o poder de observação presentes no ensino da dança influenciam positivamente o desempenho da criança inclusive em outras atividades escolares, facilitando a compreensão de conteúdos mais complexos.
- 6. Serve de ferramenta para se expressar
- A criança usa o corpo para conhecer o mundo desde tenra idade. São os sentidos que lhe transmitem a percepção do que está ao redor e é com eles que ela começa a elaborar os primeiros conceitos. Em uma segunda etapa do seu desenvolvimento, essa criança já é capaz de realizar atividades corporais, caso de correr, esticar, rolar, dobrar e saltar. O corpo mostra aptidão natural para executar esses movimentos, só precisa de oportunidade para praticar. Bem orientada, a criança recebe estímulos para pesquisar as possibilidades de movimento físico, construindo modos de se relacionar com o outro e com o ambiente que a cerca. Com a Dança, ela ganha consciência de poder se expressar, usando o próprio corpo.
- 7. Valoriza a linguagem pessoal
- Durante a aula de Dança, a criança vai recolher pedaços de informação e com eles montar um conjunto que faça sentido para ela. Isso significa que ela vai testar movimentos e pouco a pouco descobrir a diversidade enorme de possibilidades própria do uso do corpo. Será essa consciência corporal que vai lhe permitir se expressar de modo inédito - cabe ao professor, nesse momento de grande significado, estimular a construção individual, respeitando o tempo de cada criança.
- 8. Estimula o conhecimento estético
- A partir das experiências corporais ativadas pela Dança, a criança tem oportunidade de se relacionar com o belo, o harmonioso - e também com o feio, o caótico. Aos poucos, ela vai exteriorizar seu entendimento sobre o que é bonito e o que não é. A Dança pode, assim, ser entendida como uma forma de conhecimento poético - e a metodologia de trabalho com a criança deve priorizar a capacidade de improvisar. Porque será testando o próprio corpo, entendendo seus limites e seu funcionamento, que ela se sentirá livre para se envolver no processo de criação, revelando uma estética 100% pessoal.
- 9. Incentiva o controle emocional
Aulas de Dança estimulam a criança a ter no corpo um parceiro - instrumento que lhe ajuda a transmitir ideias e emoções as mais íntimas. Ela aprende a fazer dos movimentos do corpo uma fonte de diversão e de prazer, sendo incentivada a dividir o que sente com o grupo e a conviver com as suas diferenças. Trata-se de um aprendizado emocional de grande alcance, capaz inclusive de combater a timidez e a insegurança.
ROBÓTICA
10 motivos para aprender Robótica
Quais habilidades e competências seu filho desenvolve ao fazer um curso de robótica
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A robótica ajuda a criança a compreender um pouco mais sobre como funciona a tecnologia em nosso cotidiano
Para ler, clique nos itens abaixo:
- 1. Demonstração prática de conceitos científicos
- Vários conteúdos apresentados em sala de aula podem ser detalhados no curso de Robótica. Se o aluno estiver aprendendo, por exemplo, noções de força, movimento e aceleração, poderá ver o que isso realmente significa, como isso se resolve - para uma estrutura ganhar estabilidade, por exemplo, o que é necessário fazer, como se chega à solução e por aí vai. Na aula de Robótica, a criança manuseia, constrói, vê o que dá errado e o que dá certo, por que é preciso tanto parafuso para colocar nesta ou naquela peça etc. A prática esmiuçando a teoria.
- 2. Desenvolvimento das habilidades mentais
- Na aula de Robótica, o aluno terá de usar o raciocínio lógico, o pensamento, a atenção, o poder de concentração e a observação na medida em que lhe é exigido uma atitude a respeito do que está em construção. Que peças deverá usar, quais movimentos será obrigado a fazer para chegar a um objetivo etc. - tudo é motivo de reflexão e tomada de decisão para cumprir a meta estabelecida entre alunos e professor, qual seja, construir.
- 3. Desafio de criar - e de ser flexível
- Em Robótica, o aluno é desafiado a todo instante a criar. Ele terá de encontrar soluções para os problemas que surgem incessantemente durante a aula, desde aqueles de ordem prática - que tipo de parafuso é preciso usar para prender um determinado material - aos mais complexos, caso da estrutura adequada para suportar o balanço de uma gangorra, por exemplo. O estímulo à criação faz com que a criança aprenda, na prática, a se virar, encontrando novas funções para objetos comuns, tradicionais. Avaliações rígidas cedem lugar à atitude flexível, algo cada vez mais exigido na vida em sociedade. Porque quem tem jogo de cintura sobrevive melhor no mundo de hoje.
- 4. Aprimoramento da coordenação motora manual
- O aluno de Robótica trabalha as mãos e os olhos o tempo inteiro. São dezenas de peças separadas por tamanho, cor e função - para chegar a essa classificação, ele tem de desenvolver um método de organização, cada material armazenado em um local específico etc. Até o mais desastrado aluno é obrigado a aprender, nesse tipo de atividade, a organizar de modo a ser capaz de realizar suas tarefas. Robótica, assim, ajuda no desenvolvimento da coordenação motora necessária até mesmo para segurar o lápis em fase de alfabetização. Ou seja: aprimora o rendimento escolar- algo fundamental para a evolução do indivíduo,
- 5. Incentivo às capacidades de projetar e planejar
- Antes de realizar um projeto, é preciso definir o que se pretende alcançar, fazer uma seleção do material necessário e pensar nas condições para a sua realização, levando em conta o tempo, o espaço e os recursos disponíveis. A aula de Robótica tem essa característica, a de desenvolver o sentido de realidade, das suas possibilidades e dos seus limites. Ela obriga a pensar antes de se deixar levar por uma fantasia, um desejo. O professor sempre atua como mediador, ele legitima a possibilidade e dá condição para a criança refletir sobre a viabilidade ou não do projeto que tem em mente.
- 6. Interesse pela imaginação
- Na aula de Robótica, os projetos podem ser criados a partir das ideias e histórias dos alunos. Vamos imaginar que a criança montou algo parecido com um cachorro, o que fez outra construir uma espécie de elefante. Foi o suficiente para o grupo demonstrar interesse de criar um zoológico - que poderá ser executado sob a orientação do professor. A inventividade é assim estimulada de modo a testar se o que existe e tem graça no mundo do imaginário pode se tornar real - ou não.
- 7. Aprendizagem de trabalhar em equipe
- Para realizar uma tarefa de Robótica, cada aluno é incentivado a trocar experiências-projetos são quase sempre realizados em pequenos grupos, fortalecendo as relações interpessoais, o respeito ao trabalho e às ideias do outro e às atitudes de cooperação e de generosidade mútua. Nem sempre é cor de rosa o mundo contido na aula de Robótica - trata-se de um aprendizado, onde acontece a competição, a rivalidade, mesmo entre os de pouca idade. Entretanto, as crianças são estimulas a construir em grupo, desenvolvendo a percepção sobre a função do colega, de como ele pode ensinar algo importante para a realização de uma tarefa. Afinal, em equipe, todos têm possibilidades diferentes, mas todos podem sobressair.
- 8. Entendimento dos próprios limites
- Muitas vezes o projeto de Robótica foi idealizado de um modo que não funciona - e o orientador deve estar ao lado para dar apoio ante o erro. O aluno aprende desde cedo a lidar com os próprios limites, a conviver com a frustração - ele logo entende que continua a ser aceito e amado, mesmo se o que chegou a propor não funciona - afinal, o importante é participar e lutar para aprender. Ao transmitir confiança em si mesmo, o professor ajuda o aluno a lidar com os desafios inerentes ao processo de aprendizagem e convívio social.
- 9. O valor da paciência e da disciplina
- O projeto de Robótica é normalmente pensado em fases que exigem tarefas resolvidas uma depois da outra - em conseqüência, o resultado demora em ser obtido, nunca acontece de imediato. É um projeto que começa simples, mas pode se tornar complexo à medida que novas aprendizagens são incorporadas. Faz-se necessário ter disciplina e paciência para controlar a ansiedade e esperar a passagem do tempo - o tempo certo para alcançar a evolução. Há fases realmente chatas que colocam à prova a capacidade de perseverar durante a aula - e que precisam ser vivenciadas por quem deseja realmente aprender.
- 10. Desenvolvimento da meta-cognição
No curso de Robótica, o aluno ganha a percepção do próprio processo de aprendizagem (meta-cognição). Bem orientado, ele consegue perceber quais são os grandes desafios, assim como os caminhos e os recursos que têm à disposição para ter êxito nas tarefas. Ele aprende a se perguntar por que não deu certo o que tentou fazer - e a encontrar resposta para cada um dos seus erros. Ele se habitua a pensar sobre o próprio desempenho - e a vibrar com o que se mostra capaz de conquistar.
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